STU Porto Alegre: Rayssa Leal avança no Street, e Kalani Konig vai à final do Park – Esportes

Se a Família Skate ficou triste pela etapa de Porto Alegre do STU National não ter terminado no ano passado, por conta de uma chuva que não deu trégua e fez com que as finais não fossem realizadas, desta vez o clima foi bem diferente. Neste sábado (18/03), o céu resolveu abrir de vez e emanava um calor absurdo para a pista na orla do Guaíba. Quem também esteve bem quente nas semifinais da modalidade Street foram Rayssa Leal e Eduardo Neves, que obtiveram as maiores notas e avançaram com moral para as respectivas finais deste domingo.

– Eu tinha muita inspiração na Letícia (Bufoni) e é bem legal saber que, agora, eu também posso inspirar tantas outras meninas. E fico feliz não só por essa admiração pelo que faço, mas por poder estimular várias delas a praticar o skate. Não pude estar aqui na etapa de Porto Alegre no ano passado, mas agora espero desfrutar todos os minutos até a final de amanhã – disse Rayssa, que sobrou na semifinal com um skate muito leve, seguro e consistente, avançando para a final com a nota 68,33.

No masculino, Eduardo Neves, que é de Campo Grande (MS), reviveu os tempos em que deixou sua cidade, sozinho, em 2017, para buscar aperfeiçoar seu skate justamente em Porto Alegre, nos famosos e badalados obstáculos do IAPI, que produziu grandes valores para o esporte. E diz que valeu muito a pena ter dado esse passo para evoluir. Mostrou mais uma vez que está no caminho certo. Com uma grande volta, que mereceu a nota 79,17 na sua segunda volta, com uma Bomb Trick de tirar o fôlego, um Hard Flip FS Boardslide.

– Feliz demais por fazer essa final em Porto Alegre, cidade onde morei e pela qual tenho muito carinho e um respeito enorme. Venho de uma cidade onde não há evento de skate e não tem uma pista com essa qualidade. Um dos motivos por eu ter evoluído foi ter vindo para cá e ter metido a cara, mesmo longe dos meus pais e da minha irmã. Valeu muito a pena – comentou.

SKATE PARK
diante de tantos skatistas experientes e com mais rodagem, foi uma dupla bem jovem da nova geração que deu as cartas neste sábado (18/03), pelas semifinais da modalidade Park da etapa de Porto Alegre do STU National. No masculino, o catarinense Kalani Konig, de apenas 15 anos, que já tinha feito a maior nota na véspera, pelas eliminatórias, repetiu a dose e brilhou rumo à final deste domingo. Entre as meninas, destaque para uma anfitriã, a gaúcha Sofia Godoy, de 14 anos, que levantou o público “em casa” e riu por último.

Único nome a andar na capital gaúcha tanto no Street quanto no Park, Kalani Konig, natural de Florianópolis, não conseguiu avançar para a final do Street. Mas reuniu o restante das forças para buscar uma vaga no Park. E conseguiu na última de suas três voltas. Ele já estava garantido entre os oito finalistas quando fez uma linha praticamente perfeita, que ganhou dos juízes a nota 85,57, superando Luigi Cini, que liderava com um 83,83. Muita comemoração para uma etapa, até aqui, de muita qualidade e manobras de alto nível.

– Estou muito feliz por ter acertado uma volta melhor que a de ontem, e espero acertar uma ainda melhor amanhã na final. Tenho umas manobras na manga e, se acertar, acredito que possa levar o título. Vamos ver. Estou na minha melhor fase, tenho treinado bastante, dedicado e andando como eu sempre quis. E não posso deixar de falar dessa vibe aqui de Porto Alegre. É uma das maiores que já vi, impressionante. Só queria agradecer. E que possam comparecer com essa mesma energia amanhã – vibrou Kalani.

No feminino, a gaúcha de Campo Bom, com seus cabelos coloridos de azul, era a imagem da simpatia na borda do bowl da orla do Guaíba. A cada vez que tinha seu nome anunciado como skatista gaúcha pelo locutor Paulinho, e caía na pista para mandar o seu rolê, ela abria o seu sorriso, pedia o apoio da galera, que correspondia. Não à toa que sua nota só aumentava a cada volta. Na primeira, um 66,50. Na segunda, um 67,63. Por fim, um 68,00 e o melhor desempenho rumo à final deste domingo.

– Eu adoro puxar a torcida porque a vibração deles faz a diferença pra gente ali na pista. E gosto muito quando eles começam a torcer por mim. E tem muita gente que está ali no meio que me vê sempre aqui e também anda comigo na orla, sabem o quanto eu me dedico e me esforço treinando nessa pista. Tenho me dedicado bastante nesses últimos meses, campeonato atrás de campeonato e, às vezes, nem temos muito tempo entre um e outro para aperfeiçoar as manobras. Vamos ver se sai algo novo na final – declarou Sofia.

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