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Se eu pudesse, faria uma estátua de Felipão na Arena

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Felipão não foi um jogador de grande destaque. Mas, como já ouvi – embora essa regra tenha sido quebrada por Guardiola, Zidane, Xavi, Renato Portaluppi e outros -, jogadores bons não são bons técnicos. E o contrário é verdadeiro. Se considero Rogério Ceni, por exemplo, um bom técnico? Mais ou menos. Nunca conquistou nada tão relevante. Agora, Felipão.

Felipão era um jogador de imposição física. Um italiano gremistaço, Luiz Felipe Scolari, jogador de marcação. Veio do Caxias para o Grêmio. Tirou o Grêmio da seca desde os anos 1980, e fez da década de 1990 um pesadelo para os colorados. Pesadelo que dura até hoje. O Tricolor ganhava tudo com Scolari; eles, nada. Só faltou o Mundial: foi por detalhes, nos pênaltis, com a base da Seleção holandesa à época, uma Laranja Mecânica avassaladora, o Ajax.

Se eu pudesse, faria uma estátua de Felipão na Arena do Grêmio

Não sou contra a estátua de Renato Portaluppi. E não minimizem: pode ser teimoso, insistir em ‘medalhões’, gostar do Thaciano e do Thiago Santos. Até do Darlan. Mas fez os 2 gols do título Mundial em Hamburgo – que não era FIFA, mas era o equivalente ao Mundial FIFA de hoje, como a Taça Brasil CBD do Inter equivale ao Brasileirão CBF atualmente.

Antes disso, Renato nos deu a Libertadores e o Brasileirão. Bem, Felipão catapultou o Grêmio para uma década vencedora que o elevou de patamar. O ‘gringo lá de Caxias’. O ídolo gremista tem mais pulso que Tite, é mais técnico que Tite, que tem origens e trajetória parecida. Mas Scolari declarou que jamais treinaria o Inter. É gremistão. Multicampeão. Tem 74 anos, ganhou Copa do Mundo pelo Brasil. Pouco importam os 7 a 1 dos ‘amarelões’ da Seleção brasileira. Felipão nunca amarelou.

Então, Alberto Guerra, Paulo Caleffi, Antônio Brum, OAS, que tal uma estátua para mais esse ídolo gremista? Enquanto ainda estiver vivo. Porque, como disse Anne Frank, com apenas uns 15 anos, antes de ser assassinada em um campo de concentração fascista por ser judia: “Os mortos recebem mais flores do que os vivos porque o remorso é mais forte que a gratidão.” Sejamos gratos a Luiz Felipe Scolari enquanto ele está entre nós. Entre os gremistas, gaúchos, brasileiros, torcedores do mundo. Valeu, Felipão!

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