A atuação de Carlos Alcaraz principalmente na final deste domingo foi algo impressionante. O domínio sobre um Medvedev que, – tá bom, não gosta muito das condições mais lentas em Indian Wells – foi algo surpreendente e espetacular ao mesmo tempo. Muito por conta da confiança que o russo vinha. Eram 19 vitórias seguidas. E não vinha batendo em pangarés não. Vitória inclusive sobre Djokovic.
O que esse menino vem fazendo é impressionante. Sem lacunas em seu jogo. Muito completo. E bem fisicamente rivaliza com Djokovic como os melhores do circuito. Não é à toa que volta ao topo do ranking justo com o sérvio na vice-liderança . E vem quebrando marcas de precocidade. Agora se torna o primeiro com menos de 20 anos a vencer Indian Wells e Miami e o segundo a ganhar pelo menos três Masters 1000 abaixo desta idade, atrás apenas de Rafael Nadal que venceu seis vezes (Alcaraz pode chegar nos cinco títulos no máximo).
O que é notável também e o próprio Carlitos admite. Piso duro é o seu principal. Mais do que o saibro que ele é também muito bom. O que ele vai precisar para se tornar ainda mais completo ? Aprender a jogar na grama e eventualmente se provar no piso duro coberto.
O Renascimento
Thiago Wild voltou a levantar um troféu após três anos. Campeão em Viña del Mar, no Chile, batendo o 106 do mundo, o francês Hugo Gaston. 106 aliás foi o melhor ranking do Thiago lá em 2020 quando brilhou e depois sumiu. Sumiu pelos seus próprios erros fora de quadra.
E agora vem voltando e jogando bem por duas semanas seguidas em simples com onze vitórias nos últimos doze jogos e algumas delas sobre top 100 ou atletas perto desse ranking.
O potencial de Wild nunca foi questionado. Pelo contrário. Se mantendo focado ele pode seguir brilhando. Basta querer e abdicar do Reino de Fantasia que é o em torno do tênis.
Números interessantes de Wild. Já está entre os 80 melhores da temporada. Perto dos 200 melhores do mundo em uma subida de mais de 170 posições em duas semanas e já na beira para garantir vaga no quali de Roland Garros.
Saiu a chave do WTA 1000 de Miami. Dureza para Bia Maia. Ostapenko em uma possível terceira rodada (nunca venceu em três jogos) e Swiatek nas oitavas. Nada amigável essa chave. É encarar de cabeça erguida e sem pressão.