A onda de técnicos portugueses chegou ao Red Bull Bragantino ainda no começo deste ano. Contratado para assumir o posto de Barbieri, Pedro Caixinha, de 52 anos, assumiu o Massa Bruta em janeiro de 2023.
Com passagens pelo futebol europeu, saudita e latino, o português trouxe dois auxiliares, José Belman e Pedro Malta e um preparador físico, Polyvios Kyritsis, para Bragança. O novo comandante assinou contrato de dois anos com a equipe do interior paulista e deve seguir no clube até dezembro de 2024.
Estilo técnico e tático
Apesar de recém-contratado, Caixinha já conseguiu colocar o próprio estilo de jogo dentro da equipe do Braga. O português, que sempre prezou por uma defesa sólida e velocidade nos contra-ataques, viu o time do interior concretizar esse estilo tático na maioria dos jogos do Paulistão até aqui.
Por onde passou, Caixinha mostrou que sua formação favorita é o 4-2-3-1. Sendo eles: goleiro, dois zagueiros, dois laterais, dois volantes, três meio-campistas e um atacante.
Os cinco homens na defesa garantem a sobriedade na maracação, com linhas bem definidas, além de serem jogadores de apoio para a recomposição do meio-campo. Já os quatro na frente, normalmente, vão pressionar e impor um estilo mais ofensivo para o adversário.
Porém, ainda no início do trabalho, o técnico precisou fazer ajustes com o elenco e estratégias táticas deixadas por Barbieri. O Red Bull Bragantino é conhecido, justamente, pelo jogo de pressão e intenso ofensivamente. Caixinha, no entanto, diminuiu um pouco esse volume no ataque e conseguiu recomposições mais rápidas e efetivas.
A filosofia do português é de fechar espaços, ter os meio-campistas sempre disponíveis para articular o jogo e usar as laterais como corredores para infiltração. Caixinha também busca ter transições rápidas entre os setores do time.
“Nossas ideias de jogo são coincidentes com as ideias do clube. As expectativas são de um estilo de jogo agressivo, uma equipe que quer sempre atacar o gol adversário quando está com a bola, ou atacar a bola quando está sem ela”, disse o treinador quando assumiu a equipe.
Começo da carreira e relação com Mourinho
Caixinha começou na modalidade como goleiro, mas a carreira embaixo das traves não foi muito promissora. Em 1993, aos 23 anos, parou de jogar e entrou na faculdade de ciências do esporte da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Portugal. O futebol voltou a bater à porta de Caixinha em 1999, quando ele, já formado, assumiu o comando da base do Desportivo Beja, time de sua cidade natal.
Mais de dez anos depois, o treinador foi convidado para ser auxiliar-técnico de José Peseiro, no Sporting. É neste período que ele também conhece um outro José, o Mourinho, então técnico do Porto e já cobiçado por alguns gigantes da Europa. Em pouco tempo a relação entre os dois se tornou uma forte amizade.
Mourinho foi fundamental em grandes momentos da carreira do amigo treinador, como quando aconselhou Caixinha a buscar a licença A da Uefa para ser técnico. O português seguiu a dica e em 2010 se lançou como treinador solo no União Leiria. Em 2013, cruzou o oceano para fechar com o Santos Laguna, contratação esta que teve a indicação do amigo mais experiente.
‘Caixinha’ de conquistas
Caixinha não demorou para se provar no México. Na primeira temporada com o Santos Laguna, emplacou uma semifinal de Clausura e fechou a Liga dos Campeões da Concacaf com o vice-campeonato. Em três anos de Santos, Caixinha levantou três títulos, incluindo um Apertura em 2014 e um Clausura em 2015.
Há pouco mais de dois meses no Brasil, o português já emplacou a semifinal do estadual mais disputado do país. No comando do Massa Bruta, a missão é vencer o primeiro campeonato no futebol brasileiro.
Semifinal em Santos
O Red Bull Bragantino enfrenta o Água Santa, na segunda-feira (20), pela semifinal do Campeonato Paulista 2023. O jogo acontece na Vila Belmiro, às 21h. O mandante Netuno não vai conseguir jogar em Diadema por falta de estrutura. Sendo assim, o Peixe não cobrou o aluguel da Vila a disputa e coube ao Santa, com auxílio da Federação Paulista de Futebol, arcar com os custos de operação para a realização da partida.
A realização do jogo em Santos se dá por conta da ausência de estrutura da Arena Inamar, casa do Água Santa, para receber o jogo em questão. O estádio, em Diadema, não possui espaço o suficiente para receber uma quantidade relativamente grande de profissionais de imprensa, por exemplo, que é aguardado por conta da importância do jogo. Além disso, a iluminação da casa do Netuno não é a suficiente para receber partidas em horários noturnos.
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