Após onze anos, São Paulo e Tigre voltam a se enfrentar pela Copa Sul-Americana. Na próxima quinta-feira (6), o Tricolor visita o time argentino pela fase de grupos do torneio, no entanto para os torcedores do ‘Matador’, a partida será muito mais que apenas um jogo.
“Quando soubemos que nos tocava jogar novamente com o São Paulo, o sentimento foi de alívio, de revanche. O clima é de revanche e justiça pelo papelão de 2012”, disse a torcedora Agustina Godoy.
O ‘papelão’ a qual Agustina se refere é a final da Sul-Americana de 2012. Na ocasião, o Tigre enfrentou o Tricolor em uma partida marcada por grande polêmica e confusão. No Morumbi, após um primeiro tempo bastante tenso, as equipes se estranharam na saída de campo rumo ao vestiário.
Depois de muito bate boca ainda no gramado, a confusão permaneceu no vestiário, e o time argentino não retornou para o segundo tempo, alegando que foram ameaçados por seguranças do São Paulo e que haviam sido agredidos.
“Era a primeira final internacional do meu time. Tigre estava lutando por muitos anos nas categorias inferiores, portanto era um sonho. Sabíamos que uma derrota para o São Paulo era uma possibilidade. Mas tem maneiras e maneiras de perder. O que aconteceu, a maneira que se terminou a partida, causou muita bronca nos torcedores do Tigre. Os torcedores nunca esqueceraram”, desabafou o torcedor Gabriel Ghisetti.
O Tigre é uma equipe de Buenos Aires, mais precisamente de Villa Victoria. O clube conseguiu a classificação para a Copa Sul-Americana após terminar em oitavo nas competições nacionais argentinas. No pote 3 do sorteio, acabou ficando no grupo ao lado de São Paulo, Puerto Cabello e Tolima.
“Quando eu vi que era o São Paulo nosso adversário, me alegrei. Era o rival que eu queria”, afirmou o torcedor Tomas Zujani.
“Eu quero ganhar o jogo. Quero que o Tigre ganhe e demonstre ao futebol que a verdade e a justiça chegam cedo ou tarde”, completou o hincha Valentim Amor.
Agora as equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (5) em um jogo que promete ser bastante tenso devido aos problemas já vivido pelas equipes. No estádio José Dellagiovanna, o clube argentino receberá o São Paulo pela estreia do torneio sul-americano.
“Estamos vivendo um clima de revanche e ansiedade. O que aconteceu em 2012 foi uma ferida que nunca fechou”, disse o torcedor Francisco Gomez.
“Eu vejo como um rival, mais no pessoal do que no âmbito esportivo. O rancor ficou do papelão e isso não se apaga, nós não esquecemos o que aconteceu”, finalizou Tomas Zujani.
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