Para arrumar o caos que habita nas finanças do Atlético-MG, o diretor Rodrigo Caetano disse que o clube pretende adotar o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol), mas nem ele próprio sabe explicar como vai acontecer isso no Galo. Em uma aula da plataforma FootHub, ele deu suas impressões.
“Vai ser um modelo um pouco diferente. Se avançar, será um grupo de investidores que se tornarão sócios do Galo, e sócios dos nossos atuais “investidores”. São apoiadores, enfim… Eles ficarão na gestão, é a informação que se tem”.
Avaliação sobre a autonomia da SAF
As falas de Rodrigo Caetano também deram conta de dois pontos importantes: o primeiro deles é a interferência externa, menos presente na SAF, e o segundo é a autonomia da figura do executivo nesse novo modelo.
“Difícil fazer avaliação, não trabalhei com esse modelo de SAF. Posso dizer a minha impressão em conversas que tenho com profissionais da minha área em clubes que são SAF. Se por um lado o externo não tem o tamanho da interferência que se tem no clube associativo. E você citou o caso do Botafogo. O Bragantino ficou com o Maurício Barbieri em três anos, modelo de contratação de jogadores jovens. É mais fácil detalhar e cumprir modelo de gestão”.
“Por outro lado, também conversando, cada vez menos se tem essa suposta autonomia. Normalmente, a SAF não é de um investidor nacional. Vem com modelo aplicado em algum outro clube. Ele carrega consigo alguns modelos, principalmente em processo de contratação, que muitas vezes engessam o diretor executivo. Vejo que alguns colegas têm tido essa certa dificuldade. E o futebol brasileiro tem as suas especificidades. Nem sempre os números, e o que o analitycs irá apresentar, será o determinante”.