Palmeiras e Água Santa jogam neste domingo (9) a grande decisão do Campeonato Paulista, no Allianz Parque. Na partida da ida, na Arena Barueri, o Netuno surpreendeu o atual campeão estadual, e venceu por 2 a 1.
De um lado, está a melhor equipe Sul-americana dos últimos tempos, atual campeão brasileiro, com um elenco recheado de craques, e do outro, um clube que se tornou profissional há pouco mais de 10 anos, que joga neste final de semana sua última partida do ano, já que não vai jogar sequer a Série D em 2023.
Para esquentar ainda mais a decisão, perguntamos à equipe de comentaristas da RecordTV e do R7 quem é o favorito para levantar a taça do Paulistão.
Favoritismo alviverde
Para o narrador Lucas Pereira, o Palmeiras “segue com plenas condições de reverter o resultado” no próximo domingo, e que o fator casa vai ser decisivo para isso.
“Claro que esse favoritismo diminuiu um pouco, mas eu acho que o Palmeiras ainda é favorito por jogar no Allianz Parque, diante da torcida, vide o que aconteceu no ano passado, por exemplo, quando perdeu pro São Paulo no Morumbi, por 3 a 1 e reverteu fazendo 4 x 0 no São Paulo”, afirma.
Na mesma linha de Lucas, o colunista do R7, Cosme Rímoli, culpou o má-desempenho palmeirense pelo tropeço na primeira partida da decisão.
“O Água Santa não é favorito. O Palmeiras jogou muito mal, principalmente marcando fraco na região intermediária. O Gabriel Menino e o Zé Rafael deram todo o espaço do mundo para o ponto forte do time do Thiago Carpini, que é o toque de bola naquela zona do campo. O Palmeiras vai completamente diferente nessa segunda partida, tenho certeza que o Abel vai mexer no time”.
Eventual vice do Palmeiras é considerado vexame?
Defendendo o título de campeão paulista, o Palmeiras já foi campeão 24 vezes, e é o segundo time que mais levantou a taça, atrás apenas do Corinthians, com 30 conquistas. O clube também é o time com mais vice-campeonatos, ficando 27 vezes na segunda colocação.
Já o Água Santa disputa a elite do estadual apenas pela 4ª vez em sua curta trajetória no futebol profissional. A melhor participação do time havia sido no ano passado, quando terminou na 11ª colocação, e foi semifinalista do Troféu do Interior — substituído pela Taça Independência, nesta temporada.
Para a comentarista Camila Juliotti, uma eventual derrota palmeirense não pode ser considerada um vexame, por conta da ótima campanha feita pelo Netuno.
“O Água Santa chegou à final por méritos, assim como o Palmeiras, e foi superior, mereceu a vitória. O próprio Abel Ferreira disse que se a final fosse em jogo único, o Água Santa merecia ser aplaudido pelo que mostrou em campo. Acho que falar em vexame acaba desqualificando o trabalho feito pelo Água Santa no campeonato”, opina a jornalista. “É um time forte, fisicamente falando, e com muita vontade de fazer história”, completa.
Por outro lado, Cosme afirma que o Palmeiras “tem obrigação de sair do Allianz com o título”, e que uma derrota na decisão pode vir a ser considerada vexatória.
“Seria um vexame por conta da diferença dos investimentos. O Palmeiras tem uma folha de pagamento de 18 milhões de reais por mês, o Água Santa tem de 800 mil. Não tem comparação entre os elencos. Estamos falando do time que é o atual campeão brasileiro e que ganhou títulos e mais títulos com o Abel Ferreira”.
Compartilhando da opinião do colega, Lucas vê obrigação por parte do Palmeiras em conquistar o título.
“É inadmissível para o Palmeiras perder o título paulista para um time que não tá nem na Série D do Brasileirão, que vai disputar a quarta divisão apenas no ano que vem. É realmente um vexame para o Palmeiras, considerado hoje o melhor time da América do Sul, apesar da boa campanha do Água Santa”.
As respostas sobre favoritismo e vexame serão respondidas à partir das 16h do próximo domingo, quando a bola rolar pela final do Campeonato Paulista. Em jogo, um prêmio de R$ 5 milhões, e a chance de gravar o nome na história da competição, em uma edição marcada por zebras, grandes protagonistas e partidas memoráveis.
A equipe de transmissão da Record estará presente no Allianz Parque, para fazer a cobertura in loco do jogo da volta da decisão do Paulistão. A narração fica por conta de Cléber Machado.
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