Por Felipe Leite
2 a 0 desfavorável, ida para o intervalo tensa devido ao contexto do jogo, partida que podia sacramentar classificação antecipada às oitavas de final da Libertadores e evitar um drama desnecessário no último embate da fase de grupos… o Palmeiras estava nas cordas ao fim do primeiro tempo do duelo contra o Barcelona-EQU.
Mas é impressionante como esse time de Abel Ferreira tem uma sede quase que insaciável de superar desafios, por mais difíceis que eles sejam. Qualquer outra equipe, em tal circunstância, poderia ter acusado o golpe. O Verdão do técnico português, não.
Já acostumado a demonstrar sua força — os títulos falam por si só —, o Alviverde vê nesta edição da Libertadores mais um teste de alto calibre. Contra o Bolívar, na estreia, perdeu; o que deixou as coisas difíceis no segundo jogo da fase de grupos, quando o Cerro Porteño abriu 1 a 0 no placar.
Porém, não importa o tamanho da montanha. A equipe construída por Abel, visivelmente, não se sente acuada perante ninguém.
Após a partida, os jogadores revelaram o que foi dito no vestiário. Nada poderia apagar o 2 a 0 para o Barcelona de Guayaquil no primeiro tempo. Na etapa final, era manter a mentalidade de ‘um gol de cada vez’ e, mais importante, não perder a essência. Calibrar o pé, manter a cabeça fria e o coração quente.
Não deu outra. No primeiro minuto do segundo tempo, o sempre salvador Gustavo Gómez apareceu de cabeça para reacender todos os ânimos no Allianz Parque.
É neste contexto que a torcida do Palmeiras apareceu, compareceu e deu show. Não que o primeiro tempo tivesse sido ruim, nada disso. Mas o gol do paraguaio inflamou e muito o estádio alviverde.
Os jogadores sentiram, no lado positivo. Raphael Veiga declarou, na zona mista: a partir do fundamental apoio das arquibancadas, o Verdão passou a ter mais e mais volume de jogo. Segundo, terceiro, quarto gol: tudo consequência da força que emanava fora das quatro linhas.
Abel Ferreira pontuou muito bem, na entrevista coletiva após o jogo: o triunfo da última quarta-feira não teria acontecido sem os torcedores. Equipe resiliente e torcida que não desiste: combinação perfeita.
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