A Abramulti (Associação Brasileira dos Operadores de Telecomunicações e Provedores de Internet) quer que os ISPs repitam o protagonismo que tiveram no início da pandemia, quando levaram conexão para mais de 16 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) no prazo de 90 dias. Desta vez, a ideia é levar a fibra óptica para pelo menos número semelhante de escolas, até meados do próximo ano.
O presidente da entidade, Robson Lima, já teve dois encontros com a deputada Professora Dorinha e com os integrantes da Comissão de Educação da Câmara, que pleiteiam a inclusão da conexão das escolas no edital do 5G. Segundo ele, se for esperar pela implantação da tecnologia da quinta geração, as escolas somente serão atendidas em um prazo muito longo.
Lima disse que os ISPs têm mobilidade para levar a conectividade para as instituições públicas de ensino em um prazo muito menor e com qualidade semelhante à do 5G. “Nós já provamos que somos capazes de realizar a tarefa”, afirmou. Nova conversa com a deputada Professora Dorinha já está agendada para esta semana.
A proposta da Abramulti tem o apoio da maioria dos deputados da Comissão de Educação. E ainda o compromisso da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que atuou junto ao Ministério da Saúde na conexão das UBSs, em participar da empreitada.
Lima também apresentou a proposta na Casa Civil e no Ministério da Justiça e agora busca o apoio dos Ministérios da Educação, Comunicações e Ciência, Tecnologia e Inovações. Ele propõe que seja criada uma central de custos, que vai ressarcir os gastos dos provedores na implantação das redes até as escolas.
O presidente da Abramulti entende que, caso sua proposta seja aceita, a conexão das escolas não precisará entrar no edital do 5G como obrigação, como querem a Comissão de Educação e o Tribunal de Contas da União (TCU).