São Paulo, Brasil
Pedro sempre foi tratado no Corinthians como Endrick.
A diretoria tinha a certeza que o talentoso atacante seria descoberto por um gigante europeu.
E sua venda atingiria centenas de milhões de reais.
Mas não houve tempo para esperar.
O ano eleitoral, a necessidade urgente de dinheiro para contratar no meio do ano fizeram com que a diretoria tomasse uma decisão que surpreendeu a todos no Parque São Jorge.
A venda hoje de 50% dos diretos do atleta de 17 anos.
Por ‘apenas’ 9 milhões de euros, cerca de R$ 46 milhões.
A multa do jogador era de 120 milhões de euros, cerca de R$ 623 milhões.
A incrível redução no preço aconteceu por conta da pressa, do caixa baixo.
O clube já havia vendido Gustavo Mantuan, ao mesmo Zeniti, pela metade que esperava. 2 milhões de euros, cerca de R$ 10,4 milhões, por 40% dos direitos do meia/atacante de 22 anos.
Parte desse dinheiro será usado para pagar as intermediações de um empresário envolvido nas contratações de Mauro Boselli e Bruno Méndez, ambas realizadas em 2019.
A Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF proibiu o clube de contratar atletas por seis meses, na semana passada, enquanto não pagasse cerca de R$ 1 milhão.
Além do que o Corinthians pagará cerca de R$ 900 mil, entre luvas e salários, por um contrato de quatro anos, ao primeiro reforço da janela do meio do ano. O meia argentino Matias Rojas, de 27 anos, que atua no Racing. Seu contrato terminará com a equipe de Buenos Aires e ele preferiu não renovar e atuar no futebol brasileiro.
A situação financeira corintiana é péssima.
Por conta ainda da dívida pelo estádio que sediou a abertura da Copa de 2014.
Daí vender atletas muito abaixo da expectativa, em relação ao preço.
É pura necessidade.
Pedro, pelo menos, só irá para a Rússia, no próximo ano, por ter apenas 17 anos.
A metade de ‘Endrick’ do Corinthians foi vendida por 22 vezes menos do que o atacante rival.
Provocando enorme decepção com o presidente Duilio Monteiro Alves.
A pessoas próximas ele confirma.
Precisava de dinheiro rápido.
Pensando na reação imediata do time, para não flertar com o rebaixamento.
Para não comprometer a eleição para presidente.
O grupo que comanda o clube, e Duílio faz parte, está no poder desde 2007.
O medo nunca foi tão grande de uma derrota para a oposição.
Daí a ‘pechincha’ de dois jogadores promissores corintianos…
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