Além da Alphabet (Google), a controladora do Facebook e do Instagram já confirmou que vai impedir o acesso a conteúdo jornalístico em suas plataformas no país. Fachada do Google.
Jeff Chiu/AP
A Alphabet, dona do Google, confirmou nesta quinta-feira (29) que vai remover links de notícias de veículos canadenses após o Senado do país aprovar a Lei de Notícias Online, segundo a agência Reuters.
Veja quais países discutem se ‘big techs’ devem pagar por notícias exibidas no seu feed
A nova legislação prevê que as redes sociais remunerem veículos de comunicação pelo conteúdo deles compartilhados nas plataformas das “big techs”. O Brasil tenta aprovar uma lei semelhante que está no PL das Fake News.
“Já informamos ao governo que, quando a lei entrar em vigor, infelizmente teremos que remover links de notícias de nossos produtos: buscador, Google News e Discover no Canadá”, disse o Google em um comunicado.
A gigante da tecnologia se junta à Meta, dona do Facebook e do Instagram, que também confirmou o bloqueio de acesso a notícias em suas plataformas.
A legislação veio após reclamações da mídia canadense, que quer uma regulamentação mais rígida das empresas de tecnologia.
Desde 2008, mais de 450 sites de notícias fecharam no Canadá, enquanto as gigantes da tecnologia vêm ganhando mais espaço, o que também motivou a criação da lei, segundo a agência France Presse.
“Elas [as empresas de mídia social] podem desempenhar um papel importante no apoio à produção de notícias e informações confiáveis”, afirmou o parlamento canadense durante as discussões.
Antes da decisão, o Google chegou a testar o bloqueio de acesso a notícias para alguns usuários canadenses antes da aprovação da lei. A empresa afirmou que buscaria conversar com o governo para encontrar uma possível solução. Mas o governo federal do Canadá rejeitou as sugestões para fazer mudanças, segundo a Reuters.
A Austrália foi o primeiro país do mundo a forçar as “big techs” a pagarem pelo conteúdo jornalístico que é compartilhado em suas plataformas. Por lá, o Google também ameaçou bloquear o buscador no país, mas voltou atrás, anunciando acordos com a mídia australiana.
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