A história de Luís Castro no Botafogo parece cada vez mais perto do fim. Embora não tenha confirmado sua saída para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, o técnico português falou em tom de despedida, após o empate com o Magallanes, nesta quinta-feira (29), pela Copa Sul-Americana. O treinador afirmou que só irá se pronunciar sobre o futuro nesta sexta, quando voltará a se reunir com o CEO da SAF alvinegra, John Textor.
Castro deu sua versão sobre as notícias que circularam desde o começo desta quinta, que deram conta de um ‘sim’ dele à proposta saudita. O treinador afirmou que, até a última terça, quando falara anteriormente com Textor, ainda não tinha recebido propostas. Desde então, não voltou a conversar com o dirigente, o que acontecerá nesta sexta. Entretanto, a tendência é que a oferta de um salário anual de R$ 29 milhões convença o técnico a partir rumo ao Al-Nassr.
“Na terça, tive uma reunião com o Textor. Nela, falamos sobre o momento do clube, a vitória contra o Palmeiras, a próxima janela e o interesse do Al-Nassr. Comuniquei que não tinha proposta oficial naquela altura. E decidimos voltar a conversar após uma reunião entre meu agente e meu advogado. Portanto, só vou tomar uma posição depois dela. Não é de bom tom de minha parte, sem que ocorra esta conversa, falar algo. É o que posso dizer neste momento”, afirmou, praticamente despedindo-se, na sequência, ao responder sobre seus sentimentos com o Botafogo:
“Ama-se mesmo ao longe. Não preciso estar junto, se pertenço à família. Não maltratem as pessoas que fazem parte desta família. Se eu tomar a decisão de sair amanhã, sei que o conceito de família no Botafogo está instalado. Tem um espírito vencedor e um plantel pronto para todas as batalhas que tem pela frente. Se eu sair, o Botafogo vai continuar. Meu projeto de vida tem que continuar, assim como os de muitos de vocês. Não é porque eu vou sair que o projeto vai acabar”.
Luís Castro faz balanço de sua passagem no clube
O treinador, que chegou ao Botafogo no meio do ano passado, também falou sobre os desafios que encarou no clube. De acordo com ele, o trabalho realizado foi de recuperação para um Alvinegro que tinha acabado de subir da Série B e tinha várias dificuldades estruturais. Mas, mesmo assim, o legado parece orgulhar o treinador:
“Minha vinda foi para organizar o clube, formar um elenco competitivo para que pudéssemos, nos próximos anos, lutar por algo mais. É um clube que tinha chegado da Série B. Não tínhamos campo de treino, nosso estádio estava com um gramado problemático e deitamos mãos às obras. Ajustamos os espaços para treino, montamos bons vestiários. Nem tínhamos refeitório e ajustamos, montamos espaço para controlar a alimentação. Hoje, temos um estádio renovado, um elenco que continua em primeiro lugar no Brasileiro e isso me deixa feliz, pois foi uma obra de todos”.
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