Novo golpe no cartão: entenda como funciona fraude no pagamento por aproximação e saiba como se proteger


Criminosos criaram ‘falso erro’ durante transação para possibilitar acesso aos dados de vítimas e efetuar compras indevidas. Pagamento com cartão de crédito feito por aproximação
Reprodução/ Unsplash
Cibercriminosos desenvolveram novas variações de um programa que infecta maquininhas de cobrança e provoca o bloqueio de pagamentos via aproximação, no celular ou no cartão físico.
Entenda o golpe em 3 pontos:
Criminosos se passam por funcionários de empresas responsáveis pelas maquininhas e solicitam uma manutenção no aparelho. Nesse momento, é instalado um vírus que dá acesso remoto ao sistema;
As máquinas infectadas impedem a cobrança por aproximação, exibindo uma mensagem falsa de erro, que pede para que o consumidor insira um cartão físico no aparelho, a fim de fazer o pagamento.
Ao fazer isso, a vítima têm os dados capturados e acabam ficando vulneráveis a transações indevidas.
As informações foram divulgadas nesta terça-feira (31) pela Kaspersky, especializada em cibersegurança. De acordo com os pesquisadores da empresa, o grupo brasileiro é o primeiro a conseguir realizar fraudes com essa tecnologia de transação.
‘Erro falso’ aparece nas máquinas que são utilizadas pelos criminosos
Reprodução/ Kaspersky
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Esquema criminoso que cria ‘falso erro’ em pagamento por aproximação
Reprodução/ Kaspersky
Seleção dos alvos
Segundo a Kaspersky, os criminosos também analisam se vale a pena atacar o alvo. Nas amostras mais recentes analisadas pelos pesquisadores foi verificado a possibilidade de filtrar cartões de crédito de acordo com o segmento e criar regras diferentes para segmentos diferentes.
Com isso, os criminosos podem escolher capturar dados do cartão que são mais atraentes devido ao saldo e limites mais altos.
“Essas transações são extremamente convenientes e especialmente seguras, isso mostra a criatividade e conhecimento técnico dos criadores do Prilex com relação aos meios de pagamento”, afirma Fabio Assolini, chefe da Equipe Global de Pesquisa e Análise (GReAT) da Kaspersky na América Latina.
Ainda segundo a Kaspersky, a atuação do Prilex foi verificada na América Latina, desde 2014. No entanto, até o momento, “as modificações mais recentes foram detectadas apenas no Brasil, mas poderão ser disseminadas para outros países e regiões”.
Para se proteger
O consumidor que se deparar com a situação deve buscar alternativas em efetuar o pagamento via PIX, dinheiro ou tentar em outro terminal;
Verifique os comprovantes de valores emitidos nas faturas de cartão; caso tenha gastos indevidos entre em contato com a instituição financeira responsável e faça um boletim de ocorrência;
O lojista deve manter os dispositivos seguros nos pontos de vendas.
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